Bebê chorando demais? 7 causas comuns e como acalmar seu filho

Por que meu bebê chora tanto?

Bebê chorando muito e você já não sabe mais o que fazer? Respire fundo – antes de pensar que algo está errado, lembre-se: o choro é a forma mais natural que os pequenos têm de se comunicar. É por meio dele que dizem: “Estou com fome”, “estou com frio”, “quero colo” ou “algo está me incomodando”.

Nos primeiros meses, esse choro é muito comum, atingindo seu pico por volta da 6ª semana de vida e diminuindo gradualmente após os 3 meses. E, acredite: ele é fundamental para o desenvolvimento neurocomportamental saudável do bebê. 

O segredo está em saber quando o choro é apenas parte do processo natural e quando pode indicar que algo merece atenção médica.

Neste artigo, vamos entender por que os bebês choram, quando é hora de buscar ajuda e quais cuidados simples podem ajudar a acalmar e confortar seu filho. Vamos lá!

Principais causas de choro em bebês

O bebê chorando pode indicar diferentes necessidades, como:

• Fome
• Frio ou calor
• Fralda suja
• Medo ou insegurança
• Cansaço
• Desejo de colo
• Desconforto físico (como cólicas)

Dica: Se o choro está muito intenso, respire fundo e lembre-se: você está aprendendo a conhecer seu bebê e ele também está aprendendo a conhecer o mundo.

Quando se preocupar com o bebê chorando

Nem todo bebê chorando é sinal de problema, mas atenção extra é necessária se houver:

• Ferimentos ou lesões visíveis
• Irritabilidade extrema e persistente
• Febre
• Recusa para se alimentar 
• Dificuldade para respirar

Nesses casos, procure um pediatra o quanto antes.

Como acalmar um bebê que chora muito

Cada bebê é único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Mas algumas estratégias costumam ajudar e acalmar o bebê chorando::

• Fazer massagem suave, especialmente na barriguinha
• Usar carregadores ou cangurus, mantendo-o junto ao corpo
• Dar um banho morno
• Colocar o bebê de barriga com barriga com a mãe ou o pai
• Enrolar o bebê em uma manta (charutinho)
• Manter o ambiente calmo, evitando barulho excessivo e aglomerações

Lembre-se: muitas vezes, o que o bebê mais quer é sentir o calor e o cheiro de quem ama.

Deixar o bebê chorar ou não?

Nos primeiros meses, a resposta é clara: atenda ao choro. Isso transmite segurança e ajuda o bebê a desenvolver confiança no mundo à sua volta. Atender com afeto mostra que seu pedido de ajuda foi compreendido, fortalecendo o vínculo e contribuindo para a autoestima.

Com o tempo e o desenvolvimento da criança, é possível esperar alguns instantes antes de responder, para que ela comece a aprender a lidar com pequenas frustrações. 

Estudos indicam que esse tempo pode aumentar gradualmente, de 2 até 35 minutos ao longo de uma semana – sempre respeitando a idade e o temperamento do bebê.

Quando o bebê sente que está longe de seu cuidador (sem ver, ouvir ou sentir o toque) seu cérebro aciona um “alarme” de sobrevivência. É por isso que o colo, o toque e o contato olho no olho são tão poderosos para acalmá-lo

Você não “estraga” seu bebê dando colo. Você fortalece o vínculo e ajuda no desenvolvimento emocional dele. 💗

O que evitar?

• Não oferecer chás a bebês menores de 6 meses
• Não trocar leite materno por fórmula sem indicação médica
• Não dar medicamentos sem orientação do pediatra

Lembre-se: Chorar é parte natural do desenvolvimento e atender ao bebê chorando com paciência e afeto fortalece o vínculo e promove o bem-estar emocional. Com o tempo, você vai conhecer cada vez mais o seu bebê e aprender a interpretar os diferentes tipos de choro. Mais importante do que encontrar uma fórmula mágica é estar presente, com paciência e carinho.

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• 1. MSD MANUAL. Choro em crianças. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/sintomas-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/choro-em-crian%C3%A7as. Acesso em: 7 ago. 2025.
• 2. OLIVEIRA, G. M. O choro como linguagem do bebê: uma análise psicanalítica. 2021. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-27052021-100556/publico/OliveiraGM_MTR_R.pdf. Acesso em: 7 ago. 2025.
• 3. KAWAI, M. et al. Changes in infant crying patterns from birth to 12 months: a prospective longitudinal study. Pediatric International, [S. l.], v. 62, n. 6, p. 653-661, 2020. DOI: 10.1111/ped.14178. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32155677/. Acesso em: 7 ago. 2025.