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Crescimento infantil: meu filho está crescendo bem?

O crescimento infantil é uma das maiores curiosidades e também das maiores preocupações dos pais. A cada consulta no pediatra,…

O crescimento infantil é uma das maiores curiosidades e também das maiores preocupações dos pais. A cada consulta no pediatra, a expectativa se repete: “Será que meu filho cresceu o suficiente?”.

Você já parou para observar as roupas ficando pequenas de repente ou aquela marca na parede que mostra que seu filho ganhou alguns centímetros? 

Esses momentos trazem alegria, mas também levantam dúvidas: “Ele está crescendo no ritmo certo?”, “Será que precisa de alguma vitamina?”, “Devo me preocupar se o amiguinho é mais alto?”.

Se você já pensou nisso, saiba que não está sozinho. Esse cuidado é natural e mostra o quanto você deseja o melhor para seu filho. E a boa notícia é: entender os fatores que influenciam o crescimento pode trazer mais tranquilidade e ajudar a apoiar essa fase tão importante da infância


Você sabe como o pediatra mede se uma criança está crescendo bem? Desde o nascimento até a adolescência, altura e peso devem ser registrados regularmente nas curvas de crescimento.

Essas curvas permitem comparar a evolução da criança com a de outras da mesma idade e sexo, mas também levam em conta o padrão familiar. Então, não adianta comparar o seu filho com o colega da escola: cada criança tem sua própria trajetória.

Já aconteceu de você perceber que seu filho ficou meses quase sem crescer e, de repente, deu um “salto”? Isso é normal. O crescimento não é linear e pode variar bastante ao longo do tempo.

  • Nutrição adequada: alimentos variados e ricos em nutrientes fundamentais para o crescimento;
  • Sono de qualidade: o hormônio do crescimento é liberado principalmente durante o sono profundo;
  • Atividade física moderada: contribui para saúde óssea e bem-estar emocional;
  • Saúde emocional: estresse ou ansiedade podem interferir no crescimento;
  • Ausência de doenças crônicas: condições médicas podem afetar a velocidade de crescimento.

Apesar de todos esses fatores, a genética é responsável por cerca de 80% da altura final, ou seja, filhos de pais altos tendem a ser altos, enquanto filhos de pais baixos provavelmente terão estatura menor.


Você sabia que existe uma forma de estimar a altura provável da criança? É a chamada estatura-alvo, calculada a partir da altura dos pais.

Isso significa que, se ambos os pais forem baixos, o filho provavelmente também terá estatura menor, e isso pode ser absolutamente normal. Já pensou em calcular a estatura-alvo do seu filho? Essa informação pode ajudar a reduzir muitas preocupações desnecessárias


E quando o crescimento parece lento demais? Nem sempre é motivo de preocupação, mas em alguns casos pode estar ligado a:

Se os pais são baixos, a criança provavelmente herdará essa característica, e isso não representa um problema de saúde.

O hormônio do crescimento  é essencial para o crescimento normal. Deficiências podem reduzir a velocidade de crescimento, enquanto excesso pode causar gigantismo.

Alguns nutrientes têm papel direto no crescimento:

  • Vitamina A: regula o hormônio do crescimento à noite. Fontes: cenoura, manga, batata-doce, fígado.
  • Zinco: atua na produção do hormônio do crescimento e fortalece a imunidade. Fontes: carnes, feijão, amêndoas.
  • Ferro: essencial para transporte de oxigênio e desenvolvimento físico. Fontes: carnes, espinafre.

Condições como a doença celíaca impedem a absorção adequada de vitaminas e minerais, prejudicando o crescimento mesmo com alimentação adequada.

Algumas condições genéticas afetam diretamente o crescimento:

  • Síndrome de Turner: afeta meninas, causando baixa estatura e possíveis problemas cardíacos.
  • Síndrome de Prader-Willi: envolve hipotonia, dificuldade de alimentação na infância e ganho de peso excessivo, associado à baixa estatura.

Aqui entra um ponto importante: quando buscar ajuda médica? Sempre que notar que o crescimento parece muito diferente do esperado para idade ou quando surgem outros sinais associados, como atraso no desenvolvimento, falta de apetite ou cansaço excessivo.


É natural se preocupar quando uma criança parece ganhar peso rápido, mas não cresce como esperado. Embora a obesidade infantil possa acelerar temporariamente o crescimento, ela não altera a altura final determinada pela genética.

Sim! O sono é fundamental para o crescimento infantil. O hormônio do crescimento (GH) é liberado principalmente durante o sono profundo da noite, entre 22h e 6h. Crianças que dormem pouco podem apresentar:

  • Déficit de crescimento,
  • Irritabilidade,
  • Dificuldade de concentração,
  • Prejuízos no aprendizado.

Sonecas diurnas não substituem o sono noturno. Por isso, estabelecer horários regulares para dormir é essencial. Envolver a criança na criação de uma rotina de sono ajuda a fortalecer vínculos e proporciona segurança emocional, além de beneficiar o crescimento

Atividades físicas são importantes para a saúde física e emocional das crianças, mas não aumentam a altura final. Exercícios de moderada intensidade, adaptados à idade, contribuem para:

  • Aumento da densidade óssea,
  • Fortalecimento muscular,
  • Desenvolvimento de coordenação e equilíbrio,
  • Bem-estar emocional.

Por outro lado, exercícios intensos ou combinados com restrição calórica podem prejudicar o crescimento e atrasar a puberdade. Incentivar atividades prazerosas, seguras e supervisionadas é o ideal.


Agora pense: como está a rotina do seu filho hoje? Há algo que você pode melhorar? Aqui vão algumas orientações que podem fazer diferença no dia a dia

  • Capriche na alimentação: ofereça refeições coloridas e variadas,
  • Invista em boas noites de sono: estabeleça um horário fixo para dormir,
  • Mantenha o corpo em movimento: caminhadas, bicicleta, jogos ao ar livre ou esportes recreativos,
  • Consulte o pediatra regularmente: leve as anotações de altura e peso,
  • Cuide do emocional: valorize conquistas e mantenha um ambiente seguro e acolhedor.

Lembre-se: cada criança cresce no seu próprio ritmo. A comparação com outras crianças pode gerar ansiedade desnecessária. 

O mais importante é oferecer suporte e amor, garantindo que seu filho tenha todas as condições para atingir seu potencial


A curva de crescimento é um gráfico usado pelo pediatra para acompanhar altura e peso da criança, comparando com outras da mesma idade e sexo. Ela mostra se o desenvolvimento está dentro do esperado.

A estatura-alvo é uma previsão da altura que a criança deve atingir na vida adulta, calculada com base na altura dos pais.

Sim. O hormônio do crescimento é liberado principalmente durante o sono profundo da noite. Crianças que dormem pouco podem ter crescimento prejudicado.

Com certeza. Vitaminas e minerais como ferro, zinco e vitamina A são fundamentais para o crescimento saudável. Uma dieta variada é essencial.

Se a criança não acompanha a curva de crescimento ou apresenta outros sinais, como atraso no desenvolvimento, fadiga ou problemas alimentares, é importante procurar o pediatra.

A atividade física não aumenta a altura final, mas fortalece ossos, músculos e melhora o bem-estar. Exercícios adequados à idade são fundamentais para um desenvolvimento saudável.


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Cuida Criança

O Cuida Criança é um espaço criado com carinho para mamães, papais e todos os responsáveis que buscam entender melhor a saúde, o desenvolvimento e o bem-estar das crianças. Aqui, falamos sobre pediatria de forma clara, acessível e acolhedora — sempre com base na ciência, no respeito às fases da infância e na construção de vínculos fortes e saudáveis.

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