A chegada de um filho é um momento único, cheio de alegria, descobertas… e dúvidas. Entre primeiras febres, consultas pediátricas e noites sem dormir, muitas perguntas surgem:
- “Será que meu filho precisa de tantas vacinas?”
- “Ele é saudável, será exagero?”
- “E se houver efeitos colaterais?”
Você não está sozinho(a)! Essas preocupações são comuns a todos os pais. Neste artigo, vamos conversar sobre as vacinas infantis, entender como funcionam, esclarecer mitos e mostrar por que cada dose é um gesto de amor e proteção.
1. Vacinas infantis protegem crianças saudáveis
Mesmo crianças saudáveis precisam receber todas as vacinas recomendadas pelo calendário nacional de vacinação.
A alimentação equilibrada, o cuidado diário e a boa imunidade não são suficientes para protegê-las de doenças graves como poliomielite, sarampo ou coqueluche.
Muitas dessas doenças, antes comuns, hoje estão controladas justamente graças à vacinação.
Deixar de vacinar abre espaço para que essas enfermidades voltem a circular, colocando em risco não só seu filho, mas também toda a comunidade.
Pais e responsáveis, lembrem-se: ao vacinar seu filho, vocês estão protegendo não só a saúde dele, mas também a de toda a comunidade. É um cuidado que vai muito além do lar.
2. Como as vacinas funcionam?
As vacinas infantis funcionam como uma espécie de “treinamento” para o sistema imunológico.
Elas apresentam ao organismo uma forma inofensiva ou enfraquecida do vírus ou bactéria, permitindo que o corpo aprenda a se defender sem sofrer a doença.
Assim, quando a criança tiver contato real com o microrganismo, estará preparada para reagir com rapidez e eficiência. Isso significa que as vacinas infantis não substituem o sistema imunológico, mas o fortalecem.
3. Mitos mais comuns sobre vacinas
Vacinas sobrecarregam o sistema imunológico?
Esse é um dos mitos mais comuns. Muitas famílias acreditam que as vacinas infantis aplicadas juntas podem sobrecarregar o organismo do bebê.
Na realidade, todos os dias, a criança entra em contato com centenas de agentes no ar, na água e nos alimentos.
A quantidade de antígenos presentes nas vacinas é mínima em comparação com aquilo que o corpo já enfrenta naturalmente.
Portanto, as vacinas infantis não sobrecarregam – elas apenas ensinam o organismo a lutar contra doenças específicas.
Vacinas causam autismo?
Outra dúvida que muitos pais ainda possuem é se as vacinas podem causar transtornos como autismo.
Mas queridos pais, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode causar déficits na comunicação e interação.
Diversos estudos sérios, com milhares de crianças acompanhadas em diferentes países, confirmaram: as vacinas infantis não causam autismo ou qualquer transtorno do neurodesenvolvimento.
O autismo possui forte componente genético e não está relacionado a imunizações
4. Proteção coletiva: cada dose é um ato de solidariedade
Outro ponto essencial: as vacinas infantis não protegem apenas cada criança individualmente, mas toda a sociedade.
Quando a maioria da população está imunizada, cria-se a chamada imunidade coletiva.
Isso reduz a circulação de vírus e bactérias, protegendo também quem não pode receber a vacina, como bebês menores de idade ou pessoas com baixa imunidade.
Pais, saibam que cada dose aplicada é um gesto de amor e responsabilidade, um passo para um futuro mais seguro para todos
5. Principais doenças prevenidas pelas vacinas infantis
Entre as vacinas infantis oferecidas pelo SUS, estão:
- BCG: protege contra formas graves de tuberculose, como a meningite tuberculosa.
- Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B): previne difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.
- Poliomielite (VIP/VOP): protege contra a paralisia infantil, que pode causar sequelas permanentes.
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): previne surtos dessas doenças e complicações como encefalite e rubéola congênita.
- Varicela: protege contra a catapora e suas possíveis complicações, como pneumonia.
- Pneumocócica: previne pneumonia, meningite e otite causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
- Rotavírus: protege contra diarreias graves que podem causar desidratação em bebês.
Essas vacinas infantis salvam milhões de vidas todos os anos e evitam internações que poderiam ser traumáticas para a criança e para a família.
Vacinar é um ato de amor
Pais e responsáveis, sabemos que cada decisão sobre seus filhos envolve dúvidas, medos e responsabilidades. Mas a ciência é clara: vacinas infantis salvam vidas.
Ao vacinar, você não apenas protege seu filho contra doenças graves, mas também contribui para um futuro mais seguro para todas as crianças.
Cada gota, cada picadinha, é um gesto de amor, de cuidado e de esperança. 💜
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- FEITOSA, Maria Eduarda Menezes et al. A importância da vacinação infantil e sua relação com a atenção básica: uma revisão bibliográfica. Revista FT, v. 27, n. 129, p. 1-10, dez. 2023. Disponível em: https://revistaft.com.br/a-importancia-da-vacinacao-infantil-e-sua-relacao-com-a-atencao-basica-uma-revisao-bibliografica/. Acesso em: 14 set. 2025.
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- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Algumas vacinas podem causar autismo? Revista Arco, 5 jun. 2025. Disponível em: https://www.ufsm.br/midias/arco/algumas-vacinas-podem-causar-autismo. Acesso em: 14 set. 2025.